sexta-feira, 2 de março de 2012

Carta do I Seminário de Formação Política da JSOL


No começo de fevereiro, realizamos nosso primeiro Seminário de Formação Política, no qual discutimos a situação da juventude brasileira, nossa organização, e elencamos uma série de bandeiras de luta. Segue abaixo uma síntese dos debates e apresentação do nosso coletivo.


"Pés no chão, olhar nas estrelas e mãos dadas com o Povo."


Jundiaí, 3 a 5 de fevereiro de 2012

A Juventude sonha. Deseja. Anseia por melhores condições para viver. E não faz isso de qualquer maneira, mas sim dentro da dura realidade brasileira. Essa realidade é aquela que impede muitos de obter um estudo de qualidade e construir um futuro melhor. Que faz do Brasil a sexta economia do mundo, mas o terceiro colocado em desigualdade social. De um país que gasta quase metade de seu orçamento com uma divida ilegal e imoral, mas recusa-se a destinar 10% do PIB para a Educação. Realidade do sexismo, do racismo, da homofobia, xenofobia, do preconceito contra os povos indígenas, da intolerância religiosa e de injustiças sociais que excluem quem mais precisa do poder público.

Paraíso da injustiça e da impunidade; da depredação do meio ambiente em nome do lucro; da concentração fundiária, de renda e do poder político; da manipulação dos meios de comunicação e da produção cultural. Nós, jovens socialistas, à frente de todas essas contradições, não nos contentamos em contemplar ou nos adaptarmos às durezas da vida: Queremos transformá-la.

A Juventude, Socialismo e Liberdade nasceu da necessidade concreta de organizar a luta da juventude além do eixo do Movimento Estudantil. De agregar lutadoras e lutadores a um projeto transformador da sociedade, revolucionário. Para tanto, acreditamos na necessidade da organização coletiva e atuação política. E, mais que isso, reivindicamos a aliança da juventude com outros setores do movimento social e popular. Enxergamos no PSOL um instrumento a ser construído por tod@s que acreditam e lutam por um Brasil diferente, sem desigualdade social, socialista, fazendo a luta institucional intimamente ligada aos movimentos de massa. É papel da JSOL contribuir com o debate de juventude também para dentro do partido, ampliando seus horizontes.

A JSOL deve ser capaz de dialogar com os setores mais oprimidos da sociedade, pensar política para a juventude brasileira e atuar ao lado dela e, com ela, combater toda forma de injustiça. Devemos ainda combater nossas próprias contradições e preconceitos. Esse deve ser um exercício diário de revolucionárias e revolucionários -- sermos capazes de nos sensibilizar com @ próxim@, fazer da luta um processo pedagógico, no qual o povo possa se reconhecer enquanto sujeito político.

Em 2012, passaremos por eleições municipais, nas quais o PSOL cumprirá um papel fundamental de oposição ao grande capital financeiro, e divulgação de um programa anti-capitalista, profundamente democrático e popular. Romper os muros da hegemonia burguesa e conquistar corações e mentes para nosso projeto com "um jeito jovem de fazer campanha", militante e ideológica. É fundamental que a JSOL atue ativamente no processo de construção de programas e candidaturas e se apresente como alternativa real à juventude e à classe trabalhadora.

Esse acampamento -– primeiro de muitos -– foi um momento especial para reunirmos a militância de diversas cidades do estado, compartilharmos experiências, investir na nossa formação política, formularmos e pensarmos ações para o próximo período. Ousar lutar, ousar vencer!

Um comentário:

  1. Olá J-SOL!
    É muito importante a juventude se organizar para agir de forma ordenada e em grupo.

    Força à todas e todos!!!

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