sexta-feira, 16 de março de 2012

Na capital paulista, o PSOL precisa ser Valente!


Durante nosso I Seminário de Formação Política, pontuamos a importância de construir o PSOL enquanto instrumento de organização da juventude e tod@s que acreditam e lutam pelo fim da desigualdade social, das opressões, por Socialismo e Liberdade. Apontamos também o processo eleitoral como um momento privilegiado de diálogo com o povo e a juventude através dos programas eleitorais, debates e na campanha de rua, para apresentar nosso programa, e ganhar sua confiança política. É fundamental que a Juventude se reconheça enquanto sujeito político, capaz de intervir e transformar a realidade. Combater o rechaço à organização partidária e participação política, que contribuem pra prevalência da política tradicional de exclusão, são tarefas nossas.

O PSOL de São Paulo conta hoje com três pré-candidatos, dos quais um será escolhido democraticamente pela militância para representar nosso programa nessas eleições. Defendemos o nome do camarada Ivan Valente para essa tarefa.

Na cidade de São Paulo, centro econômico do país, a disputa da prefeitura ganha contornos nacionais. Contra Serra (PSDB) e Haddad (PT), é fundamental que o PSOL apresente um nome forte para desmistificar essa falsa polarização. Derrotar a hegemonia da direita, do discurso racista, machista, homofóbico, de ódio aos nortistas e nordestinos e aos pobres é nossa tarefa central, como também apontar a falta de políticas públicas para a população.

Para nós da JSOL, Ivan Valente é o nome para representar um PSOL programático, contundente no debate e militante. Ivan começou sua trajetória política na juventude, no movimento estudantil, combatendo a Ditadura Militar. Permanece firme aos ideais socialistas e faz de seu mandato, profundamente ligado aos movimentos sociais, um espaço dissonante dentro do Congresso Nacional. Dirigente partidário, nunca abriu mão da militância na rua, junto ao povo. É um nome nacionalmente reconhecido pela ética e comprometimento, referendado pela população e pelos movimentos sociais que apoiam e constroem conjuntamente seu mandato. Seu exemplo de coerência com a luta socialista é inspirador para a juventude.

Ivan é o candidato mais preparado para enfrentar os problemas da cidade, e o desafio não é pouco: A cada ano cerca de R$4 bilhões saem dos cofres públicos para os bolsos de banqueiros, como pagamento de uma dívida nunca auditada. Ao mesmo tempo, faltam creches, fazendo com que mulheres fiquem desempregadas, por não ter onde deixar seus filhos. O transporte público é caótico e caro, impedimento para que a juventude tenha acesso ao lazer e à cultura. Não há infraestrutura na periferia para suportar as chuvas, e bairros como o Jardim Pantanal chegam a ficar alagados por meses, sofrendo com a completa omissão por parte da prefeitura. Com a proximidade da Copa do Mundo, comunidades inteiras têm sido desabrigadas sem garantia de seu direito à moradia, para dar lugar a estádios e vias. O crack, que afeta fortemente a juventude, é tratado pela gestão Kassab (com a conivência do Governo do Estado, do PSDB, e aplausos do PT e do próprio Haddad) como caso de polícia, que "limpa" o centro da cidade para favorecer empreendimentos de alto custo e a especulação imobiliária. Saúde pública e direitos humanos? Que nada! É necessário resgatarmos e atualizarmos o programa das eleições de 2008, apresentando nossas propostas para uma São Paulo justa.

Em 2012, precisamos ser Valentes para enfrentar a direita e o pragmatismo. A luta da Juventude tem espaço no PSOL, com Ivan Valente!

sexta-feira, 2 de março de 2012

Carta do I Seminário de Formação Política da JSOL


No começo de fevereiro, realizamos nosso primeiro Seminário de Formação Política, no qual discutimos a situação da juventude brasileira, nossa organização, e elencamos uma série de bandeiras de luta. Segue abaixo uma síntese dos debates e apresentação do nosso coletivo.


"Pés no chão, olhar nas estrelas e mãos dadas com o Povo."


Jundiaí, 3 a 5 de fevereiro de 2012

A Juventude sonha. Deseja. Anseia por melhores condições para viver. E não faz isso de qualquer maneira, mas sim dentro da dura realidade brasileira. Essa realidade é aquela que impede muitos de obter um estudo de qualidade e construir um futuro melhor. Que faz do Brasil a sexta economia do mundo, mas o terceiro colocado em desigualdade social. De um país que gasta quase metade de seu orçamento com uma divida ilegal e imoral, mas recusa-se a destinar 10% do PIB para a Educação. Realidade do sexismo, do racismo, da homofobia, xenofobia, do preconceito contra os povos indígenas, da intolerância religiosa e de injustiças sociais que excluem quem mais precisa do poder público.

Paraíso da injustiça e da impunidade; da depredação do meio ambiente em nome do lucro; da concentração fundiária, de renda e do poder político; da manipulação dos meios de comunicação e da produção cultural. Nós, jovens socialistas, à frente de todas essas contradições, não nos contentamos em contemplar ou nos adaptarmos às durezas da vida: Queremos transformá-la.

A Juventude, Socialismo e Liberdade nasceu da necessidade concreta de organizar a luta da juventude além do eixo do Movimento Estudantil. De agregar lutadoras e lutadores a um projeto transformador da sociedade, revolucionário. Para tanto, acreditamos na necessidade da organização coletiva e atuação política. E, mais que isso, reivindicamos a aliança da juventude com outros setores do movimento social e popular. Enxergamos no PSOL um instrumento a ser construído por tod@s que acreditam e lutam por um Brasil diferente, sem desigualdade social, socialista, fazendo a luta institucional intimamente ligada aos movimentos de massa. É papel da JSOL contribuir com o debate de juventude também para dentro do partido, ampliando seus horizontes.

A JSOL deve ser capaz de dialogar com os setores mais oprimidos da sociedade, pensar política para a juventude brasileira e atuar ao lado dela e, com ela, combater toda forma de injustiça. Devemos ainda combater nossas próprias contradições e preconceitos. Esse deve ser um exercício diário de revolucionárias e revolucionários -- sermos capazes de nos sensibilizar com @ próxim@, fazer da luta um processo pedagógico, no qual o povo possa se reconhecer enquanto sujeito político.

Em 2012, passaremos por eleições municipais, nas quais o PSOL cumprirá um papel fundamental de oposição ao grande capital financeiro, e divulgação de um programa anti-capitalista, profundamente democrático e popular. Romper os muros da hegemonia burguesa e conquistar corações e mentes para nosso projeto com "um jeito jovem de fazer campanha", militante e ideológica. É fundamental que a JSOL atue ativamente no processo de construção de programas e candidaturas e se apresente como alternativa real à juventude e à classe trabalhadora.

Esse acampamento -– primeiro de muitos -– foi um momento especial para reunirmos a militância de diversas cidades do estado, compartilharmos experiências, investir na nossa formação política, formularmos e pensarmos ações para o próximo período. Ousar lutar, ousar vencer!