sábado, 24 de dezembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO AO PREFEITO MILTON SERAFIM DE VINHEDO


            Nós, do coletivo Juventude, Socialismo e Liberdade acreditamos que o Jovem é revolucionário e tem a capacidade de se organizar contra a ineficácia dos serviços públicos. A Juventude é um setor ativo da sociedade, não funciona como uma marionete na mão de seu manipulador, algo típico de alguns políticos, que se rendem ao grande capital. Portanto, a indignação contra o descaso público e o abandono de nossos governantes são motivos suficientes para a revolta de nossos Jovens.
            Com isso, nós da J-SoL demonstramos nosso pleno apoio ao companheiro Rodrigo Paixão, de Vinhedo. O prefeito da cidade, Milton Serafim, junto aos membros da administração Jaime Cruz (Secretário de Educação), Silvia Bontempi (Procuradora do Município) e Elvis Tome (Secretário de Negócios Jurídicos), utilizam-se da máquina do Estado para oprimir e criminalizar os movimentos sociais. Paixão e pais de alunos da Escola Integração sofrem hoje uma representação judicial por aliciamento de menores. Os governantes da Cidade de Vinhedo, no entanto, se esquecem que os Jovens se organizaram para protestar contra a negligência da administração pública, que causou a morte de uma criança. Esta ação da prefeitura apenas mostra sua intenção de desviar a atenção dos verdadeiros culpados, que escondem atrás da burocracia a incompetência administrativa. Mentiras que nunca favorecem os mais sofridos.
            Essa medida profundamente antidemocrática que rompe o direito de liberdade de expressão é digna de todo nosso repúdio. A Juventude tem o direito gritar, protestar e agir contra a tirania de seus governantes. Somos Jovens, Somos Socialistas, Somos Livres e somos contra qualquer ação que vá na direção contrária da construção de um mundo melhor.
            Rodrigo Paixão e Pais dos alunos da Escola Integração, nós estamos unidos “por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Um pouco sobre: Rosa Luxemburgo



Muitos me perguntaram quem é a autora da frase que estampa o logo da JSOL - "Quem não se movimenta não sente as correntes que o prende"... A Frase é de Rosa Luxemburgo, ícone da esquerda no século XX, da luta das mulheres e dos trabalhadores... Então, darei uma geral na vida dessa guerreira, muitas vezes deixada de lado, mas extremamente importante para nós, Socialistas !

Filha de família pequeno burguesa, de origem judia, cujo pai, educado na Alemanha, era proprietário de uma serralheria e a mãe, mulher culta, leitora assídua dos clássicos alemães, Rosa Luxemburgo, nasceu em Zamosc, sudeste da Polônia, em 5 de março de 1871.
Rosa era a filha caçula, possuindo quatro irmãos. Aos dois anos e meio de idade foi com a família para Vasórvia. Aos cinco já sabia ler e escrever. Um diagnóstico incorreto de uma doença na coluna contraída nos seus primeiros anos de vida, além de deixá-la por cerca de um ano acamada, provoca uma deficiência que a fará mancar por toda a sua vida.
Ainda nos primeiros anos de sua vida aprenderá além do polonês, o alemão e, logo no início de sua juventude, dominará o russo.
Aos 13 anos, ingressa na escola secundária para mulheres em Varsórvia, na qual conclui os estudos em 1887 e, apesar das excelentes notas obtidas, não recebe a tradicional medalha de ouro, destinada aos melhores alunos, em função de sua "atitude rebelde" diante das autoridades escolares.
Foi justamente como secundarista que iniciou sua militância política, na clandestinidade, no Partido Revolucionário Proletário.
Perseguida pela polícia e ameaçada de prisão, em 1889, Rosa deixa a Polônia dirigindo-se para Zurique, destino da maioria dos refugiados políticos de toda a Europa, onde permanece por nove anos, encontrando-se com importantes dirigentes marxistas da época, como os russos Jorge Plekhânov e Pavel Axelrod.
Em 1891, entra para a Universidade, cursando Direito e dedicando-se também ao estudo das ciências naturais e da matemática. Torna-se, em 1897, uma das primeiras mulheres a concluir o curso de doutorado em ciências políticas
Nestes anos, conhece Leo Jogiches, também militante socialista polonês, que trabalhará politicamente em estreita colaboração com Rosa, pelo resto de suas vidas e com o que se tornará seu marido por 15 anos


Social-democrata


Em 1892, Rosa participa da fundação do Partido Socialista Polonês; tentativa de unificação dos diferentes grupos socialistas poloneses. Desde os primeiros momentos, estabelecerá com os principais dirigentes do PSP uma divergência sobre a questão do nacionalismo polaco, mostrando-se contrária à adoção da luta pela independência da Polônia como um eixo do partido, por entender que esta reivindicação subordinava os interesses dos operários e demais explorados da nação aos interesses da burguesia polonesa.
Dois anos depois, rompe com o PSP, fundando junto com Leo Jogiches, Marchlewski e Wazawski, a Social-democracia do Reino da Polônia, grupo que será o embrião do Partido Social Democrata da Polônia e Lituânia, tornando-se desde então uma das principais dirigentes da social-democracia européia.
Em 1896, quando já escreve para diversos jornais socialistas da Europa Ocidental, participa pela primeira vez como delegada do Congresso Mundial da Internacional Socialistas, a II Internacional. Nele polemiza com importantes lideranças da social democracia mundial, como Karl Kautski e Wilhelm Liebknecht - renomados dirigentes do poderoso Partido Social Democrata Alemão - sobre a questão nacional.



Contra o reformismo


Para burlar a proibição de que estrangeiros desenvolvessem atividades políticas na Alemanha, Rosa casa-se, em abril de 1897, com Gustav Lueck, filho de um amigo alemão, obtendo a cidadania alemã para o resto de sua vida. A encenação do enlace matrimomial dura apenas até a porta do Cartório de Registro Civil e cinco anos depois - tempo mínimo estabelecido pela legislação do país - os dois se divorciam. A partir de 1898, fixa residência em Berlim e milita no SPD, então o principal exemplo da enorme influência que política revolucionária conquistará no movimento operário europeu e a maior organização proletária de todos os tempos. Em 1898 possui mais de dois milhões de eleitores; os quais ultrapassaram os 4,2 milhões em 1912 (34,7% do eleitorado), sua bancada parlamentar vai de 12 deputados em 1877, para 35 eleitos, em 1890, ultrapassando uma centena na segunda década deste século. O partido possuiu organizações femininas, da juventude, uma cooperativa, organizações desportivas e culturais e uma universidade. Chegou a publicar noventa jornais que possuíam mais de um milhão e meio de assinantes. Movimentava um capital de 21,5 milhões de marcos e possuía cerca de 3.500 empregados, incluindos os dos sindicatos que dirigia, com vários milhões de filiados.
Rosa torna-se na social-democracia alemã uma das principais opositoras da política reformista de Eduard Bernstein e outros que preconizavam o afastamento do SPD de uma política revolucionária, defendendo sua integração crescente ao Estado burguês.
Indicada em mais de uma oportunidade para organizar o trabalho feminino do SPD, rejeitou a tarefa pois apesar de compreender a importância da organização das mulheres para a luta pela sua emancipação e que esta só seria possível com a revolução socialista e o fim da escravidão econômica do matrimônio, entendia, acertadamente, a necessidade de estabelecer-se como uma das principais dirigentes do conjunto do partido.



Esquerda revolucionária


Integrando sempre a ala esquerda do SPD, colocou-se ao lado dos bolcheviques russos, contra os mencheviques, nas discussões sobre o caráter das revoluções russas de 1905 e 1917, posicionando-se sempre a favor de que a classe operária é quem deveria dirigir a luta por seus interesses.
Desde antes da I Guerra Mundial, integra a ala internacionalista da II internacional, que se oporá ao apoio que o SPD e grande maioria dos partidos social-democratas emprestaram às burguesia de seus países na I Guerra Mundial, traindo a luta da classe operária.
Conseqüente com sua oposição à guerra e a defesa de que os operários e soldados deveriam voltar suas armas contra as burguesia de seus países, impulsionará a ruptura com as posições da direção da social-democracia, criando com Karl Liebknecht e outros a Liga Espartáco - depois Partido Comunista Alemão - e participando do movimento que levará à criação da III Internacional, Internacional Comunista, sob a direção de Lênin e Trotski, em 1919.
Brilhante oradora, Rosa foi presa várias vezes, principalmente no período em que se lançou com todas suas energias à campanha contra a guerra imperialista. Saiu de sua última prisão libertada pelas massas sublevadas na Revolução Alemã de 1918.
Há 90 anos, no dia 15 de janeiro, junto com Liebknecht, foi brutalmente assassinada por forças paramilitares dirigidas pelo governo, então dirigido pelo SPD.
Entre seus principais escritos destacamos: A Polônia independente e a causa dos operários; Reforma social ou revolução; O socialismo e as igrejas; A crise da Social Democracia; A Revolução Russa; a Que se propõe o grupo Espártaco.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Reunião Estadual da J-SOL

Diante da necessidade de construção e organização de uma juventude socialista que luta contra a desigualdade social, é que surgiu a JSOL – Juventude Socialismo e Liberdade.

A JSOL nasce com um caráter diferenciado, nós não queremos falar sobre transformação da sociedade para nós mesmos, queremos unir todos os jovens marginalizados e excluídos para contestar esse império capitalista, que se beneficia com a exploração da classe trabalhadora.

Nossa luta é por uma educação de qualidade para todos, por estágio e trabalho digno, pela qualidade e acessibilidade no transporte público, pelo direito a cultura e a liberdade de expressão, somos contra o extermínio da juventude e não nos calaremos diante de qualquer injustiça social.

Foi com essa sede de justiça dos nossos jovens, que no dia 11 de dezembro de 2011 na cidade de Louveira/SP realizamos o primeiro encontro estadual da Juventude Socialismo e Liberdade.

O encontro contou com a presença de companheiros de várias cidades, onde foram propostas e deliberadas ações concretas de formação e luta da nossa nova militância.

Elegemos também um colegiado provisório composto por: Carolina Peters, Edinho Cordel, Felipe Maropo, Hélio Augusto, Jean Camoleze, Josiane Alves e Nilton Queiroz.


Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética - Che Guevara













JUVENTUDE, SOCIALISMO E LIBERDADE ( J-SOL)

A Juventude Sonha. Deseja. Anseia por melhores condições pra viver. E não faz isso de qualquer maneira, mas sim dentro de uma realidade dura do nosso país. Essa realidade é aquela que impede de obter um estudo de qualidade e construir um futuro melhor. Que faz do Brasil a sétima economia do mundo e o terceiro colocado em desigualdade social. De um país que gasta mais de 45% do seu orçamento nacional com juros de uma divida ilegal e imoral.
No paraíso da injustiça, da impunidade, da depredação do meio ambiente em nome do lucro, da concentração do poder político e na manipulação dos meios de comunicação e da produção cultural encontramos a realidade do machismo, do racismo, da homofobia, do sexismo, da xenofobia, do preconceito contra os povos das etnias indígena, dos nordestinos, afros e nortistas, da intolerância às Religiosas e de injustiças sociais que excluem os que mais precisam. Nós jovens à frente de todas estas contradições, não nos contentamos em contemplar ou nos adaptarmos às durezas da vida: Queremos transformá-la.
Acreditamos que, lutando podemos mudar a sociedade. No passado e no presente, grandes lutas por direitos por mudanças profundas na sociedade foram protagonizadas pela juventude e pelo povo. Neste contexto surge a J-SOL. Surgimos perante o “Grito” de indignação causada pela crueldade do egoísmo e da ganância de nossa sociedade.
A J-SOL é um movimento de Juventude que tem por objetivo a busca pela Igualdade social e de diretos para conquistar a liberdade, por meio da cultura, política, educação e todas as ações correspondentes ao ser humano.
Participar da J-SOL , ser J-SOL não é simplesmente acreditar em um mundo melhor, mas é lutar por um mundo melhor em todos seus aspecto e sem exclusão.
Todos que acreditam e lutam por um mundo melhor sejam bem vindos a J-SOL.

De repente – eu
com toda a força brilho –
e de novo o dia nasce.
Brilhar sempre,
brilhar em toda a parte,
até ao dia em que a fonte da vida se esgote,
brilhar –
e é tudo!
É o nosso lema – meu
e do sol!
Vladimir Mayakovsky

JUVENTUDE, SOCIALISMO E LIBERDADE ( J-SOL)

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Quem é a JSOL ?



A juventude sonha mais do que qualquer outro ator social e é o agente da transformação por excelência. É esta juventude que o Movimento JSOL (Juventude, Socialismo e Liberdade) convoca para somar às trincheiras da defesa da igualdade de oportunidades e direitos, através da construção de um mundo cujos valores éticos, acreditamos, deverão ser pautados por uma liberdade e um socialismo efetivamente democrático.
No que diz respeito às perspectivas de crescimento brasileiro, prevalece ainda o modelo tradicional, pautado pela insuficiente distribuição de renda, uma economia altamente inflacionária, exploradora do trabalhador, com juros elevados para atrair e uma elevada carga tributária, principalmente. É uma aceleração do crescimento ainda baseada no desenvolvimento a qualquer custo, predatório para as cidades e para o meio ambiente, planejado por agentes envolvidos com o grande capital financeiro e mal distribuído pelo conjunto do território.
Quem paga o preço desta aceleração do crescimento é o povo brasileiro, sobretudo aqueles que têm somente a sua mão de obra para oferecer. Em especial a juventude vive as agruras deste modelo concentrador de renda cujas características demonstram-se através do acesso de apenas 21% dos jovens em idade correlata ao ingresso às universidades. Desses, menos de 5% tem acesso à educação pública, tendo que se submeter a uma formação privada e de péssima qualidade oferecida pelos barões do ensino.
Através desses exemplos e dos absurdos do desenvolvimento brasileiro, baseado na exploração, a indignação e rebeldia inatas é que convocamos a juventude participar do Movimento JSOL!
Nossos interesses atingem a base da estrutura social, num conjunto de propostas que acreditamos serem capazes de promover o jovem a um agente politizado e capacitado a reivindicar melhorias, através de projetos sociais, formação política e participação popular, alterando as circunstâncias históricas de nosso tempo.
Defendemos a maior participação do Estado na promoção social, melhorando concretamente a educação brasileira com a destinação de 10% do PIB para a educação.
Entendemos que a dependência química, que mata milhares de jovens brasileiros todos os anos, deve ser encarada definitivamente como uma questão de saúde pública, com projetos que realmente fortaleçam o tratamento e a prevenção do uso de drogas, políticas públicas de combate ao tráfico – cujo combate não criminalize comunidades carentes, mas sim integrem a favela à cidade e ao mundo do trabalho e seus moradores à condições dignas de existência.